Há
muito tempo, numa terra distante, uma ave exausta deixou cair uma semente de
uma árvore exótica. A semente, foi plantada por um macaco num buraco escavado
por um coelho e, á medida que crescia, protegida por um elefante que a regava e
a abrigava do sol do meio-dia.
A
árvore cresceu e transformou-se numa dádiva de abundância.
Um dia, na floresta, o elefante, o coelho, o macaco e uma perdiz, discutiram sobre a posse da árvore, centro de vida onde todos os animais vinham alimentar-se.
O elefante dizia que era dele porque a tinha visto primeiro. O macaco dizia que era dele porque se alimentava, todos os dias, dos seus frutos. O coelho argumentava que era no seu âmago que tinha sustentado a sua casa, debaixo do chão.
Uma perdiz, que tinha estado a observar a discussão disse que a árvore não pertencia a nenhum deles. Mas sim a todos. Contou-lhes, ainda, de um pequeno caroço, amargo, que tinha cuspido quando comeu um fruto numa terra distante.
Elefante, macaco e coelho, todos se inclinaram perante a perdiz e olharam-na como seu irmão mais velho. Os quatro animais tornaram-se amigos e decidiram partilhar a árvore juntos em harmonia pacífica desfrutando da fragrância, dos frutos, da sombra e da estrutura da árvore da vida.
Outros animais da floresta muitas vezes os viram juntos com a perdiz sobre o coelho que era suportado pelo macaco que viajava sobre o elefante. Por isso, todos, lhes chamavam os quatro irmãos harmoniosos. Os quatro animais eram vistos como exemplo e a paz regressou à floresta.
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